sábado, 6 de agosto de 2016




DEPENDÊNCIA QUÍMICA É DOENÇA!



A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a “dependência química como um estado psíquico e físico que sempre incluem uma compulsão de modo contínuo ou periódico, podendo causar várias doenças crônicas físico-psíquicas, com sérios distúrbios de comportamento. Pode também, ser resultado de fatores biológicosgenéticos, psicossociais, ambientais e culturais, considerada hoje como uma epidemia social, pois atinge toda gama da sociedade, desde a classe social mais elevada a mais baixa.”

Dependência química é uma doença crônica como a diabetes, por exemplo.

Você tem diabéticos na família? Sim?
Agora pense, você se sente culpada(o) por isso? Provavelmente não. 

Já a dependência química é uma doença que, leigamente falando, altera o cérebro do seu familiar. E agora me responda, como você pode ser culpada(o) por isso?!

Fatores de risco e de proteção.

Indivíduo, família, escola, colegas e comunidade.

Todos esses fatores exercem influência sobre alguém. Quanto mais fatores de risco, mais vulnerável alguém estará ao uso de drogas. E, por outro lado, quanto mais fatores de proteção, mais fortalecido contra o uso de drogas alguém estará.

Exemplo: um indivíduo que tem uma boa auto estima, tem em si um fator de proteção. Um indivíduo com baixa autoestima, fator de risco. Quer dizer que todo mundo que tem baixa autoestima vai usar drogas? Claro que não! É apenas UM fator. E a questão do uso de drogas é muito complexa, engloba vários fatores!

Agora vamos falar então da tal culpa da família. Se a família tem diálogo aberto, é presente, define limites, podemos apontar como fatores de proteção. Mas, ainda assim, o filho poderá usar drogas? Sim. Porque, como falei, isso engloba vários fatores.

E aí? Se ele usa drogas, podemos dizer que a culpa é da família? Certamente não.

Ainda que dois indivíduos cresçam na mesma família, mesmas escolas, mesmos amigos, pode ser que um venha a usar drogas e o outro não. Estamos falando de seres humanos. Estamos falando de indivíduos, de seres únicos. Estamos falando de complexidade!

Portanto, queridas mãezinhas, avozinhas, pais, irmãos, etc, acreditem, vocês não são culpados.

E o dependente químico? É ele o culpado então?!

Também não. Muitos deles eram adolescentes inconsequentes, curiosos, ou em busca de curtição, e não sabiam que tinham dentro de si um “gatilho” que seria acionado pela droga, os adoecendo e mudando suas vidas tão negativamente.

No entanto, embora eles não sejam culpados, eles são os responsáveis por se tratarem e darem a volta por cima!

A culpa da doença não é da família e a responsabilidade pelo tratamento também não.

O papel da família é amar, respeitar seus próprios limites, buscar informações, se fortalecer e apoiar o dependente químico na sua recuperação.



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