sexta-feira, 5 de agosto de 2016



A adicção não é contagiosa, mas é contagiante!

“Todo adicto na ativa é um prisioneiro do 

medo e os codependentes também.


Adictos são escravos dos seus atos insanos e pensamentos repetitivos e controladores e codependentes também. Com o tempo, acabamos por nos acostumar com a dor do controle, porque existe nela uma segurança distorcida que nos é muito familiar. Por isso, é mais fácil permanecermos no falso caminho daquilo que achamos que já conhecemos, do que abrirmos mão de tudo em busca do novo e do desconhecido, para, enfim, decidirmos colocar um ponto final naquilo que nos machuca tanto. Só então a recuperação torna-se á possível para ambos.

Sabemos que a Codependência é a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo. Nos relacionamentos codependentes não existe a discussão direta dos problemas. Inexiste uma expressão aberta dos sentimentos e pensamentos, por que falta uma comunicação honesta e franca como um todo, e perecemos com expectativas irrealistas, falta de individualidade, desconfiança nos outros e em si mesmo.

Quem são eles? Onde vivem? O que fazem? Bem, isso parece uma chamada do programa Globo Repórter, mas não é. É difícil denominar um adicto ou um Codependente, porém, um fato absolutamente inegável, é que eles se chocam o tempo todo entre si, na família, no trabalho, e desculpe-me a sinceridade em dizer-lhes, ambos incomodam!

Existe algo que, obviamente não podemos negar: Adictos são odiosamente inesquecíveis, olhando pelo prisma da questão de uma maneira totalmente positiva. De fato, somos complicados, mas ao mesmo tempo, também somos encantadores quando queremos. Por outro lado, olhando-nos de uma maneira negativa, sabemos muito bem que somos os piores quando assim decidimos ser. Quando somos bons, somos ótimos, quando somos maus, somos absolutamente perversos. Mas temos muitas coisas boas adormecidas. Somos diamantes brutos a serem lapidados.

Adictos tornam-se inesquecíveis pelo trabalho que nos dão, ou pelo afeto e orientação que pretendíamos lhe dar e não podemos, por isso, nos frustramos tanto.

Um adicto na ativa atuando em nossas vidas é algo instigante e desestabilizador. Lidar com ele, realmente é uma loucura. Como diz a “hilária” Narcisa: Aí que loucura!

Adictos são complicados pelo frágil e descontrolado aspecto emocional e mental, mas mesmo assim, não conseguimos nos desvencilhar deles pelo simples fato de amá-los desmedidamente.

Ao aproximarmos-nos de um adicto, sempre correremos o risco de embarcarmos em uma aventura altamente perigosa e esgotante, onde seremos sugados, sem piedade, por um rodamoinho de emoções, se decidirmos acompanhá-los mais de perto.

O que de fato nunca poderemos negar é que sempre esbarraremos em adictos andando livremente por aí! Podemos lidar anos a fio com um adicto e só mais tarde percebermos o vasto estrago que ele faz há um bom tempo em suas vidas e nas nossas também...


Texto:
Darléa Zacharias

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