terça-feira, 23 de maio de 2017





O CRACK,A CRACOLÂNDIA E A FAMÍLIA REFÉM, SITUAÇÃO NÃO TÃO DISTANTE DAQUI.



É como se o país, a cidade e os responsáveis tivessem virado às costas para a situação.

No local, além do crack, há também o consumo de pinga e de óxi, um subproduto ainda mais letal que a famosa pedra.

Nos últimos dias temos visto a polícia invadindo a área e expulsando dela os usuários, o que tem causado polêmica nos meios de comunicação e em diversas instituições do país. 

Acontece que a forma como a ocupação da área vem sendo realizada não está ajudando em nada no combate à droga e ao tráfico, pelo contrário, está tornando a situação mais difícil de ser manipulada. Ao expulsar com bombas de gás e balas de borracha os usuários que lá se encontravam, o problema das drogas está se espalhando, tornando os dependentes sem vínculo com os grupos e entidades de assistência que lá realizavam trabalhos diariamente.


É preciso entender que por trás dessa ocupação há um interesse político, não um interesse com a pessoa, com as famílias ou com a dignidade humana.


Antes de nos posicionarmos precisamos colocar o ser humano com sua importância para que não cometamos erros. Não podemos pensar que a situação está longe de nossas casas ou famílias. O problema da dependência tem se alastrado e por isso não podemos fechar os olhos e fingir que nada temos com isso.


É comum vermos, mesmo nas pequenas cidades, jovens deixando família, trabalho, estudos, sonhos para, de maneira obstinada, se entregarem ao vício, que de fato é uma doença, geradora de sofrimento para muitos. A partir do vício e as consequências já citadas, as portas para a criminalidade também se abrem. Diante da doença e sem ter como manter o uso das drogas, muitos roubam, traficam e acabam diante de uma situação de bola de neve, aonde cada vez mais vão se envolvendo, se envolvendo até se perceberem perdidos.


O problema da Cracolândia pode estar mais perto de nós do que consigamos imaginar. Cabe a nós, cidadãos, exigir dos responsáveis, locais para que jovens afetados pela doença do vício sejam tratados e para com as novas gerações, um trabalho de prevenção. 


Às famílias, cabe mostrar aos seus filhos o caminho, a verdade e a vida, estruturando-os numa fé, para que no momento propício saibam dizer não, saibam que não é preciso experimentar de tudo, pois existem exemplos suficientes que demonstrem que a felicidade não está na falsa liberdade, ser livre exige responsabilidade, ser responsável exige atitudes verdadeiras. "Tudo me é permitido,mas nem tudo me convém!" (Cor 6,12).

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